Naomi Kumamoto
flautista e compositora de choro
Louis Lot (Metal) - No.7176 (France、1902)
Alto Flute(Open G#):
Sankyo (bocal de prata) - No.71690 (Japan)
Piccolo(Open G#):
Franz. O. Adler (Germany、1910~20?)
Um dia descobriu o choro e se apaixonou.
Em 2000, numa roda de choro, conheceu o violonista e compositor Mauricio Carrilho, então em turnê no Japão. Ele compôs para ela um choro chamado Naomi vai pro Rio, convidando-a para visitar o Rio de Janeiro e aprender o choro. Poucos dias depois a flautista compôs como resposta seu primeiro choro: Me espere no Rio. Foi o início de uma longa história.
Naomi viajou pela primeira vez para o Rio de Janeiro em 2001, por três meses. Logo entrou em estúdio para gravar na série Princípios do Choro ao lado do Altamiro Carrilho, Toninho Carrasqueira, Nailor Proveta, Jorginho do Pandeiro, Mauricio Carrilho, Luciana Rabello e outros. Participou de shows e rodas, e freqüentou aulas na oficina de choro. No final da estadia começou gravar seu próprio disco pela Acari Records.
No ano seguinte voltou ao Rio para completar a gravação do seu disco. Tocou também na coleção de CDs Joaquim Callado – Pai dos Chorões. Voltou para o Japão e começou a divulgar o choro. Tocava em varias cidades no Japão com o violonista japonês Shigeharu Sasago. Naomi criou a primeira roda de choro do Japão, em Osaka, na loja de discos Chove Chuva, especializada em música brasileira, o organizou uma biblioteca de partituras de choro. Essa roda continua até hoje e a Chove Chuva passou a ser o centro de choro japonês.
Em 2003 deixou a música erudita e se dedicou somente ao choro. Seu primeiro disco de choro, Naomi vai pro Rio, com composições próprias, foi lançado pela Acari Records. O show de lançamento do disco no Japão aconteceu em quatro cidades (Tóquio, Nagóia, Osaka e Okayama) com músicos japoneses, e no Rio de Janeiro com músicos brasileiros que participaram no disco.
Em 2004 Naomi organizou o Festival de Música Brasileira em Kobe homenageando o 35º aniversário das cidades-irmãs Rio de Janeiro e Kobe. Participaram do evento os músicos brasileiros Mauricio Carrilho, Luciana Rabello, Pedro Amorim e Celsinho Silva (o conjunto 5 no Choro), além de cerca de 40 grupos japoneses de vários estilos da música brasileira e quatro conjuntos profissionais de choro. No Festival aconteceu a primeira oficina de choro no Japão e 80 pessoas aprenderam a linguagem do choro com músicos brasileiros. O 5 no Choro fez uma turnê por cinco cidades japonesas. Em setembro Naomi se mudou definitivamente para o Rio para viver de choro.
No ano seguinte, graças ao sucesso alcançado durante o Festival de Kobe, Naomi e os músicos brasileiros que participaram do evento foram convidados a retornar para nova turnê, em sete cidades, incluindo uma oficina. Nessa ocasião o conjunto gravou seu primeiro CD, 5 no Choro, lançado exclusivamente no Japão. No repertório deste disco constam composições dos próprios músicos e compositores do grupo. Em seguida, participou das gravações da série de CDs Choro Carioca: Música do Brasil e lançou no Japão um livro de partitura de choro, Coleções de choro para flauta e violão, com Mauricio Carrilho e o violonista e arranjador Paulo Aragão pela editora japonesa Chuo Art Publishing Co. É primeiro livro japonês de choro.
Em 2006, já reconhecida como uma grande intérprete e conhecedora da música brasileira, foi convidada para realizar um show e oficina no Clube do Choro de Paris. Também neste ano participou de um dos primeiros eventos comemorativos do centenário da imigração japonesa no Brasil, na cidade de Santos, SP (onde aportou o primeiro navio japonês trazendo imigrantes), promovido pelo Clube do Choro daquela cidade. Em setembro, viajou à Alemanha com o conjunto Caldereta Carioca para interpretar a obra O Boi no Telhado, de Darius Milhaud, em arranjo especial para conjunto regional. O grupo apresentou a peça também em palcos do Rio de Janeiro e São Paulo, e o registro ao vivo, em disco, está em fase de produção. Ainda em dezembro de 2006 voltou ao Japão para nova turnê (shows e oficinas), desta vez acompanhada do violonista Paulo Aragão, pelas cidades de Osaka, Nagóia, Tóquio, Shiroishi, Kamakura.
Naomi Kumamoto foi responsável pela primeira apresentação de música brasileira dentro do Consulado-Geral do Japão no Rio de Janeiro, durante o “Mês do Japão”, em 2006. Sua música, recheada de elementos japoneses e brasileiros, foi considerada uma “evolução da cultura japonesa”.
Em abril de 2007, por ocasião do Dia Nacional do Choro, recebeu uma Moção da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, pelos serviços prestados ao choro.
A partir de 2006 Naomi tornou-se professora titular de flauta da Escola Portátil de Música, onde é também co-responsável pela orquestra de câmara formada pelos alunos, a Camerata Portátil. Participou como professora das quatro edições do Festival Nacional de Choro, em dezembro de 2004, janeiro de 2006, fevereiro de 2007 e fevereiro de 2008.
Em 2008, por ocasião da visita do príncipe Naruhito do Japão ao Brasil, para os festejos do centenário da imigração japonesa no Brasil, Naomi apresentou-se em um recital de choro para o príncipe, ao lado dos chorões Luciana Rabello, Mauricio Carrilho e Pedro Amorim.
Ainda em 2008, apresentou-se semanalmente no auditório da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, como integrante do Conjunto Regional do Programa Escola Portátil no Ar, executando um repertório diferente a cada semana, para um público heterogêneo, em concertos com entrada franca.
Participa ativamente de gravações de discos de choro, como “Rancho Carnavalesco Flor do Sereno”, “Jacarandá”, de Mauricio Carrilho e Doug De Vries, ou “Brasileiro Saxofone”, de Nailor Proveta.